A mensagem deste ano tem como tema: “Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: ‘Fazei o que Ele vos disser’” (Jo 2, 5). Cada ano é escolhido um Santuário Mariano para ser a sede dessa celebração. Neste ano, a XXIV Jornada Mundial do Enfermo será celebrada de maneira solene na Terra Santa e também dentro do Ano da Misericórdia. Por isso o Papa reflete em sua mensagem sobre o relato evangélico das Bodas de Caná, em que Jesus transforma a água em vinho.
O ponto culminante deste dia será a Celebração da Santa Missa em honra a Nossa Senhora de Lourdes, e precisamente em Nazaré, onde “o Verbo Se fez homem e veio habitar conosco” (Jo 1, 14). Em Nazaré, Jesus deu início à sua missão salvífica, aplicando a Si mesmo as palavras do profeta Isaías, como nos refere o evangelista Lucas: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor” (4, 18-19).
Nas Bodas de Caná, percebemos que Maria é uma mulher solícita e que, na sua sensibilidade, vê que algo está faltando para aqueles esposos recém-casados: acabou o vinho. Imaginemos o tamanho vexame para o casal. O vinho é símbolo da alegria da festa. Não poderia faltar a alegria na festa e nem naquele recém-constituído lar. A Virgem Maria vê que faltou o vinho e pede ao seu Filho que face algo: “não tem vinho” (Jo 2,3). Jesus logo diz: “Que queres de mim, mulher? Minha hora ainda não chegou” (Jo2, 4b). Maria ainda diz: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5).
Então Jesus realiza o milagre, transformando uma grande quantidade de água em vinho, um vinho que logo se revela o melhor de toda a festa.
Assim, que ensinamento podemos tirar para a Jornada Mundial do Doente, da narração das bodas de Caná? Podemos ver a princípio a postura de Jesus, Ele, ouvindo o apelo de sua mãe, realiza o primeiro milagre, que é da água que transforma em vinho. Vemos a tamanha misericórdia de Jesus para com o casal e com todos os partícipes da festa. Segundo o Papa Francisco: “em Caná, manifestam-se os traços distintivos de Jesus e da sua missão: é Aquele que socorre quem está em dificuldade e passa necessidade. Com efeito, no seu ministério messiânico, curará a muitos de doenças, enfermidades e espíritos malignos, dará vista aos cegos, fará caminhar os coxos, restituirá saúde e dignidade aos leprosos, ressuscitará os mortos, e aos pobres anunciará a boa nova (cf. Lc 7, 21-22). E, durante o festim nupcial, o pedido de Maria – sugerido pelo Espírito Santo ao seu coração materno – fez revelar-se não só o poder messiânico de Jesus, mas também a sua misericórdia”.
Vemos, também, a postura de Maria, mulher e mãe muito solícita e muito próxima na necessidade do povo. Ela vê a necessidade e logo roga a seu Filho, Aquele que provém o milagre. A palavra chave de Maria neste Evangelho é: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5). Maria pede não somente aos serventes, mas a todos naquele momento e em todos os tempos que cumpramos a vontade de Jesus. Podemos pedir a Jesus misericordioso, pela intercessão de Maria, Mãe d’Ele e nossa, que nos conceda a todos a mesma disponibilidade ao serviço dos necessitados e, concretamente, dos nossos irmãos e irmãs doentes.
Nós podemos ser mãos, braços, corações que ajudam a Deus a realizar os seus prodígios, muitas vezes escondidos. Ressalta o Papa Francisco: “também nós, sadios ou doentes, podemos oferecer as nossas canseiras e sofrimentos como aquela água que encheu as vasilhas nas bodas de Caná e foi transformada no vinho melhor. Tanto com a ajuda discreta de quem sofre, como suportando a doença, carrega-se aos ombros a cruz de cada dia e segue-se o Mestre (cf. Lc 9, 23); e, embora o encontro com o sofrimento seja sempre um mistério, Jesus ajuda-nos a desvendar o seu sentido”.
Nesta celebração do Dia Mundial do Enfermo, rezemos por todos os doentes do mundo. Dentro do ano santo extraordinário da misericórdia uma das obras de misericórdia é visitar os doentes, levar a eles nosso alento e nossa proximidade física, bem como espiritual. Em nossa Arquidiocese, a sugestão da obra de misericórdia deste mês é exatamente essa.
Além disso, é um tempo propício para convidarmos as pessoas para participarem da Pastoral da Saúde ou dos Enfermos, tão necessária para a missão de misericórdia na evangelização de nosso povo. A proximidade da Igreja junto aos que sofrem e junto aos familiares ou cuidadores dá sentido às dores e cruzes por que todos passam. Essa pastoral necessita ser ainda mais incrementada em nossas paróquias e, em especial, nos hospitais. Para isso existem os encontros de preparação, as equipes que trabalham nas várias áreas e um grupo arquidiocesano que coordena essa pastoral.
O Papa Francisco em sua mensagem, além dessa proximidade do enfermo, também faz referência aos que cuidam dos mesmos e recorda a importância desse carinho. Sem dúvida que a pastoral dos enfermos ou da saúde é essa presença que necessita ainda mais de cristãos de coração abertos para anunciarem e testemunharem o Evangelho.
Por isso, devemos renovar nosso compromisso com esta pastoral importante da visita e do conforto. Que Nosso Senhor passe no leito ou ainda na casa de cada um para dar o amparo necessário. Este amparo que é físico, mas, sobretudo espiritual.

Comunidade Anuncia-Me

Somos leigos consagrados, nossa missão é anunciar o evangelho a toda criatura, alem do nosso projeto social Espaço Vida, visando a recuperação do ser humano como um todo.

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